Porsche 550 SPYDER - Uma outra história de sucesso

A Propósito de "Uma Venda"

Do nosso leitor Ulisses Carvalho recebemos este mail , que transcrevemos sem quaisquer comentários , a propósito do post "Para Venda", inserido em Agosto último .
"Relativamente ao seu comentário e inserção das fotos (…) “é um Speedster , de 1956 , um dos modelos mais raros e valiosos de toda a gama 356 , enquanto que o Coupé verde da imagem de baixo é um SC de 1964 . Estão ( estavam ?) ambos à venda em http://vintagecarsboutique.com/index.php?ToDo=cars&id=38&sum=11 . Mas agora reparem nas chapas de matrícula . Não há aqui algo estranho ?” (…)
Não não há, muito menos ‘brincadeira’ (nas palavras de Miguel Brito, também com comentários inseridos no blogue), visto sermos uma empresa idónea, já com créditos firmados e escrutinados no nosso meio (restauro e venda de viaturas clássicas de topo). Como aliás poderiam ter esclarecido por iniciativa própria, contactando-nos antes de qualquer espécie de especulação… Afinal, o nosso sítio na Internet possui todas as informações necessárias para tal, como o sejam os nºs de telefone, morada / localização e email, para além da informação empresarial e institucional. A comprová-lo estão os inúmeros contactos que recebemos diariamente, esses sim direccionados para o que ‘interessa’, ou seja, para o verdadeiro negócio!
Cabe-nos então aqui explicar, tal como iremos também publicar no blog mantido por si, para que conste, o seguinte:
- O Porsche 356 Speedster – do qual enviámos em anexo cópia do respectivo certificado – é propriedade do gerente da nossa empresa desde 1988, encontrando-se matriculado em Portugal desde então com a matrícula QL-63-81.
- O Porsche 356SC – de que juntamos também em anexo cópia do seu certificado – foi importado e completamente restaurado por nós muito recentemente, mas não se encontra matriculado em Portugal.
Acontece que utilizámos, momentaneamente, a matrícula do Speedster para proceder aos necessários testes de estrada. Não é ‘legal’ – reconhecemos – mas é uma forma de conseguirmos o objectivo imediato, ou seja, ‘ir à estrada’ por uns minutos para avaliar as condições de rolamento da viatura, ‘sem chamar a atenção’ pela falta de matrícula ou pela utilização da original (também irregular)... Tão só isto, única e exclusivamente.
Infelizmente também (mas porque não temos nada a esconder) passou despercebido o lapso ao nosso webmaster, na colocação das fotos no nosso sítio sem lhes ‘retirar’ a matrícula.
Como será do conhecimento geral, a actual legislação e pesada carga fiscal em Portugal são tudo menos favoráveis à actividade de restauro e aquisição de viaturas para intervenção, pelo que, sob o ponto de vista do nosso negócio, é naturalmente preferível só fazer o registo se a viatura vier mesmo a ser vendida no nosso país, visto também operarmos internacionalmente, podendo qualquer das nossas viaturas ser vendida noutro país da comunidade europeia aonde a fiscalidade e procedimentos legais são bastante mais razoáveis.
Por outro lado, mas não menos significativo para nós, devemos lamentar que, para tão grandes entusiastas e apreciadores do Porsche clássico 356, tenha sido tão mais importante para vós o realce da ‘gaffe’ e não das viaturas em si e do trabalho nelas realizado, bem patente no nosso sítio… "



5 comentários:

  1. Tudo esclarecido! Agora o facto da legislação ser o que é não dá o direito a ninguém, por uma razão ou outra, de cometer ilegalidades!

    E muito menos vir para aqui dar lições de moral e de ofendido, afinal fui apenas uma observação atenda de um utilizador do vosso sitio.

    MM.

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  2. Perfeito! Está explicado o mistério. A desconfiança era infundada, neste caso, mas ouve-se por vezes tantas histórias que a primeira reacção é sempre negativa...
    Boa venda, e de preferência em Portugal!

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  3. A sorte desses senhores e dessa empresa é que os Delegados do Ministério Público e a Inspecção Geral das Finanças geralmente não costumam frequentar estes sítios mais recônditos. Até ao dia, claro, em que um deles calhar de ser também um entusiasta. Esta mensagem que foi enviada é o exemplo perfeito de que às vezes mais vale estar calado. Uma confissão pública de um crime, ainda por cima transformada numa exigência de estilo "direito de resposta" não só é ridícula como demonstra uma total inconsciência face às consequências que poderão advir deste facto.

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  4. Deixem lá, há "pecados" bem maiores feitos às claras neste nosso belo país... não quero com isto dar o meu aval ao que foi feito, mas venho só recordar que tal prática tem longa "tradição" entre nós, a mais conhecida tendo sido do antigo construtor dos DIMA...

    Já agora, digo-vos como se faria na Alemanha (digo isto porque foi assim que trouxe o meu Volvo 544 de lá que tinha matrícula sueca): peguei nos documentos originais do carro (suecos), mostrei o contrato de compra-e-venda ao sujeito alemão que mo tinha vendido e mostrei a minha identificação, residência cá em Portugal, etc. Na hora (repito: na hora!) recebi uma matrícula provisória para 3 dias, com a qual fiz a viagem até Portugal. E a companhia de seguros (de cá) segurou-me o carro sem qualquer problema, só com base na fotocópia que lhes enviei da Alemanha. Simples, não? É que desta forma nem passa pela cabeça de ninguém recorrer a "esquemas" para rolar com um carro para testes.

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  5. Interessante esta estória, Carlos Gilbert. Agora, infelizmente os tempos são outros. Na época do Dionísio Mateu tudo era permitido...até por os Fiats a correr ;-)

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