Porsche 550 SPYDER - Uma outra história de sucesso

Rallye de Monte Carlo 1953

Imagens da participação no Rallye de Monte Carlo 1953 da equipa formada por José Ramos Jorge e João Castello Branco que tripulavam o Porsche 356 pre-A do primeiro. A viagem até ao Principado decorreu sem incidentes de maior mas depois foi encontrado um problema de ordem administrativa que viria a eliminar a totalidade dos Porsche 356 portugueses: a altura dos carros excedia em três centímetros aquilo que constava da ficha de homologação. A organização ainda dava um centímetro de tolerância mas mesmo assim ainda ficavam a faltar dois. Uma pena.





Imagens que Marcam

Em cima duas imagens de Ana Catarina Silva obtidas no passado sábado perto das Azenhas do Mar. Em baixo, chá e scones na Ribeirinha de Colares (Vasco Branco) e "o regresso do verde" (JCG)




Sesimbra, a triste

Em passeio até Sesimbra passando pela Lagoa de Albufeira e Cabo Espichel. Apesar da beleza da paisagem circundante é impossível ficar indiferente à tragédia urbanística em que se transformou esta outrora lindíssima vila de pescadores.










"Mané" Nogueira Pinto

Vitória de um muito jovem Manuel Nogueira Pinto na VIII edição da Volta a Portugal disputada em 1957 ao volante de um Porsche 356 Carrera 1500 GS com a matrícula IH-23-45. As fotografias que se juntam vêm publicadas no boletim da Guérin Lda referente ao 4º trimestre do ano, vendo-se numa delas a pose do vencedor e na outra o seu carro em segundo plano logo a seguir ao 550 Spyder CB-22-21 . Em primeiro plano está o Volkswagen de Salvador Pimentel / João Castello Branco.

 



O Mistério do FE-22-24

Mão amiga enviou estas imagens do Porsche 550 Spyder matrícula FE-22-24 chassis #550-0039, um dos primeiros a serem importados para Portugal. Nos anos de 1956 e 1957 foi visto em ralis e circuitos portugueses a ser pilotado por José Manuel Simões que lhe terá dado pelo menos duas decorações diferentes. No Rali de S. Pedro de Moel (em baixo) de 1956 ostentava uma cor escura (vermelho?) mas na prova de slalom não identificada já estava pintado de branco, a mesma pintura com que surgiu no Circuito de Luanda de 1957. Posteriormente viria a pertencer a Manuel Duarte Júnior, Carlos Faustino e Ruy Marinho de Lemos
Alguém poderá fornecer mais detalhes sobre o misterioso slalom?  
Obrigado 
jcg356@gmail.com


III Rallye à Praia da Rocha

O nome completo do evento era III Rallye Nacional à Praia da Rocha e foi disputado durante os dias 6 e 7 de setembro de 1952. Tal como era uso e costume na época os concorrentes partiam de várias cidades e depois de um percurso de estrada com extensão semelhante convergiam para a Praia da Rocha onde se disputavam as duas provas complementares que seriam decisivas para a classificação. Com partidas de Cacilhas, Évora, Beja e Praia da Rocha tudo se decidiu com uma rampa e uma prova de perícia que acabariam por dar a vitória absoluta ao Dr Oliveira Martinho, em Porsche 356 Coupé  1500. Em segundo lugar ficou a equipa João Castello Branco / José Teixeira (nas fotos) em Porsche 356 Coupé 1300, que a classe respectiva.
Fotos da colecção João Castello Branco




Auto Retro 2015 Barcelona

Visita à Auto Retro 2015 em Barcelona por parte um grupo de portugueses (e dois alemães...) que têm em comum uma forma muito peculiar de gozar os seus Porsche 356, seja percorrendo as estradas de Portugal e Espanha ao volante dos respectivos carros seja participando em eventos de carácter lúdico ou cultural um pouco por todo o lado. A Auto Retro 2015 acabaria por revelar-se uma enorme decepção quer pela sua reduzida dimensão quer pela pouca qualidade do espaço utilizado, facto que surpreendeu os visitantes pela negativa uma vez que a forte economia da Catalunha fazia antecipar algo bem mais importante. Os Porsche 356 em exibição contavam-se pelos dedos de uma só mão e tinham em comum o facto de ostentarem preços de venda exorbitantes, facto confirmado por Andreu Casas, presidente do Porsche Club 356 Espanha que manteve um  breve encontro com o seu ex-homólogo português. Em matéria de restauros também não se viu nada de muito interessante. Uma pena. 
Valeu o jantar num excelente restaurante com o curioso nome de "Petit Comitè" e a ópera no Teatre del Liceu. Mas isso são contas de outro rosário.
Mais em Le Petit Comitè 356 





Cinquenta Anos

Numa altura em que passam exactamente 50 anos sobre a vitória de Basílio dos Santos / Ernesto Neves na XVI Volta a Portugal aqui se celebra a efeméride com uma breve crónica fotográfica daquela que foi uma das mais duras edições desta clássica do automobilismo nacional. Os vencedores tripulavam um Porsche 356 SC que Ernesto Neves tinha adquirido há pouco tempo e com o qual deu início a um percurso vitorioso que o levaria a conquistar nada menos que nove títulos nacionais em apenas nove anos de carreira.










A Génese de um Campeão

O ano de 1962 assistiu ao despontar de mais uma figura de referência no automobilismo nacional, um nome que ficaria para sempre ligado à história da marca Porsche em Portugal. Quando se inscreveu no Critério de Iniciados de 1962 Américo Nunes tinha já 32 anos de idade e era funcionário antigo da Guérin, o importador nacional da Porsche, razão pela qual participou na prova ao volante de um 356 "Notchback" 1600 S. No lugar do "pendura" estava já aquele que viria a ser o seu inseparável companheiro em muitos ralis ao longo de quase vinte anos, Evaristo Saraiva.


Veloso Matias

Francisco Veloso Matias, segundo classificado no Rallye à Praia da Areia Branca 1961. O vencedor foi Basílio dos Santos, também em Porsche.
O carro era um 356 Super 90 chassis 111871 que tinha a matrícula EA-58-04, importado em Junho de 1960. O seu último proprietário conhecido (2012) dá pelo nome de Ricardo Antunes.

O Primeiro

Algarve Rennen 2008, Autódromo Internacional do Algarve. O Porsche 356 matrícula IG-67-87, também conhecido como "o carrito do costume", tornou-se no primeiro carro deste modelo a rodar na magnífica pista de Portimão, uma das mais bonitas e tecnicamente mais exigentes da Europa.
A informação e as fotografias são de Zico Ramone



Uma História de Sardinhas (versão oficial)

Richard von Frankenberg ficará na história da Porsche por ter sido o fundador da revista Christophorus e pelos muitos sucessos que conquistou como piloto de carros da marca durante a década de 50. Foi também jornalista e escritor de mérito, tendo estabelecido ao longo dos anos uma relação de grande proximidade com o Prof Porsche e, mais tarde, com seu filho Ferry. É ele o autor da biografia autorizada de Ferdinand Porsche, um trabalho soberbo que percorre a extraordinária carreira de um homem de génio que marcou para sempre a história do automobilismo mundial. Na página 121 encontramos o relato do frustrado negócio da troca de sardinhas por automóveis sugerido por Portugal, processo que não era tão invulgar quanto isso no ambiente economicamente deprimido do pós-guerra.

Em Madrid

Imagem do II Rallye Lisboa Madrid 1954, prova que o Clube 100 à Hora uma vez mais organizou. Nela podem ver-se os Porsche 356 pre-A de João de Castro (nº36) e Filipe Nogueira (nº37) a prepararem-se para dar início a uma prova complementar disputada já na capital espanhola. Desconhece-se que destino terá levado o EE-19-76, um Reutter Coupe 1500 de 1953 chassis #51213, mas em compensação sabe-se que o BE-19-88 continua em Portugal e passa agora por uma completa operação de restauro.
Com agradecimentos a João Correia Filipe


O Vencedor Absoluto

Joaquim Filipe Nogueira / Joaquim Tojal, vencedores do VI Rallye Internacional de Lisboa (Estoril) em Porsche 356. A notícia e a fotografia inferior são da edição de 26 de Maio de 1952 do Diário de Lisboa.



Portugueses em Monte Carlo

Foram quatro os Porsche 356 portugueses a participar na edição XXIII do Rallye de Monte Carlo disputado em 1953, sendo até um deles (Fernando Stock / Pinto Basto) contemplado com o honroso nº 1 entre os 404 participantes que partiram de Lisboa, Glasgow, Estocolmo, Oslo, Monte Carlo e Munique. Destes apenas 356 (curioso número…) chegariam ao principado onde tudo se iria decidir através de duas provas complementares: uma “aceleração e travagem” e uma “regularidade” a disputar à média de 47 km/h. Além da já referida equipa portuguesa estiveram também presentes João Capucho / Calçada Bastos, Ernesto Martorell / Jorge Seixas e Ramos Jorge / Castello Branco em carros idênticos, os quais viriam a ser vítimas de uma interpretação excessivamente rigorosa da respectiva ficha de homologação por parte dos inspectores técnicos que fez com que fossem fortemente penalizados ou até desclassificados. De facto a referida ficha previa que a altura máxima dos Porsche 356 fosse 88 cm mas os carros portugueses (e outros) acusaram 91 cm o que apesar da tolerância de 1cm prevista nos regulamentos conduziu à sua penalização / desclassificação.
As fotografias são de Rudolfo Mailander