Porsche 550 SPYDER - Uma outra história de sucesso

Uma História de Pneus

Fui recentemente confrontado com a necessidade de substituir os pneus de trás do meu Porsche 356, um par de Vredsteins Sprint HR15 S80 que apresentavam um desgaste excessivo na face interior após cerca de seis anos de uso. Informado pela oficina que esse tipo de pneu já não está disponível no mercado foi-me sugerida a instalação de dois Vredstein T-Trac 165/80 R15, mais modernos e com um piso substancialmente diferente dos pneus da frente. Como iria participar num evento do Clube 356 no dia seguinte, aceitei a sugestão, na expectativa de mais tarde substituir também os pneus da frente. Só que não foi preciso muito para me aperceber que o carro se tornava "inguiável" a velocidades superiores a 90 Km/h. De facto a frente do carro ficava instável e era necessário recorrer a pequenos golpes de volante para manter o carro a andar em frente. Dias depois, ao desabafar com um amigo (Jake van Beest) que é proprietário de uma pequena colecção de Porsche 356, ele me sugeriu uma marca da qual nunca ouvira falar mas que produz pneus para carros Vintage e Clássicos a partir de moldes de época, recorrendo no entanto a tecnologias da actualidade. Assim soube dos pneus Blockley (http://www.blockleytyre.com/), hoje conhecidos como a marca que nos últimos anos mais provas tem vencido em competições de clássicos disputadas em Inglaterra, o que diz bem da sua eficácia.
Decidi "arriscar" e montei um conjunto de Blockleys VR15 no meu Porsche 356 B 90. Notou-se imediatamente a diferença. O carro ficou com outra aderência, muito mais estável em curva e com a direcção muito mais precisa. Fiquei até com a sensação que as rodas da frente induziam um ligeiro "oversteer", o qual nada tem de desagradável e reflecte as características originais do Porsche 356.
Valeu a pena o investimento. Os pneus não são baratos mas estou convencido que a segurança do carro sai largamente beneficiada com esta escolha. O tipo "V" (velocidades até 240 km/h) parece-me algo excessivo, mas pode ser que uma utilização bem abaixo dos limites possa contribuir para a durabilidade do conjunto.
Com agradecimentos a Jake van Beest pelo aconselhamento e orientação.




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