O Circuito de Montes Claros de 1966 marcou a despedida das pistas portuguesas de um dos mais curiosos Porsche 356 alguma vez produzidos, o Carrera 2000 GS/GT que Américo Nunes adquiriu no início de 1965 graças aos bons ofícios da Guérin a cujos quadros pertencia. Apenas dois exemplares desta versão ("dreikantshaber" ou "triangular scraper") foram produzidas pela marca de Stuttgart sob supervisão do próprio Ferry Porsche mas nem isso impediu o piloto português de introduzir algumas alterações de ordem aerodinâmica na carroçaria, como se constatou na corrida de Montes Claros.
Este carro nunca foi particularmente bem sucedido nas provas em que participou e acabaria por ter um final algo caricato quando rolava por estrada a caminho de Stuttgart onde Américo Nunes tencionava trocá-lo por algo mais competitivo. Algures em França, tal como já tinha acontecido várias vezes em Portugal, o motor falhou e nunca mais se dispôs a funcionar. Desesperado com o excesso de problemas que tinha encontrado durante os dois anos em que conduziu o Carrera GS/GT o piloto português acabou por vendê-lo por "tuta-e-meia" a um sucateiro francês e passou a dedicar-se aos Porsche 911 com o sucesso que se conhece.